Medição Física de Obra: Para que serve e como controlar no dia a dia
8 de fevereiro de 2022
Medição Física de Obra: Para que serve e como controlar no dia a dia
O planejamento de uma obra só é efetivo quando monitorado e controlado periodicamente. A medição física de obra é uma ferramenta essencial para acompanhar a evolução das atividades previstas no cronograma e realizadas no canteiro, a fim de manter um controle ativo e vivo que possibilita tomadas de decisões e ações efetivas quando há algum desvio no cronograma.
Neste artigo, você vai conferir como implantar a medição física de obras de forma eficaz em sua empresa:
1° Passo – Defina uma rotina de medições
O primeiro passo é definir qual a rotina de medições mais adequada para a equipe da obra. As medições podem ser diárias, semanais, quinzenais ou mensais e a definição da periodicidade dependerá não só da disponibilidade da equipe que fará a medição, mas principalmente da dinâmica e da necessidade de cada obra.
A orientação é de que a coleta de dados seja acompanhada por uma reunião periódica, na qual toda a equipe interna possa discutir os motivos de não cumprimento das atividades planejadas no período. Quanto menor o período entre essas reuniões, maiores são as possibilidades de identificação e resolução de problemas que podem impactar no fluxo dos serviços e prazos da obra. Isso porque possibilita criar pontos de controle que apresentarão rapidamente os desvios de prazos gerando tempo hábil para a realização de planos de ação corretivos.
Esta dinâmica do aumento de periodicidade nas medições e reuniões de análise permite uma estabilização do ritmo de evolução da obra e, consequentemente, a manutenção dos prazos de conclusão das atividades previstas no cronograma. Além disso, o engajamento no processo de medição e análise dos resultados físicos da obra gera um dos fatores mais importantes para a garantia de cumprimento dos planos: o comprometimento da equipe.
2° Passo – Defina critérios de medição
Para cada atividade prevista no cronograma da obra existem maneiras diferentes de realizar sua medição, seja por metro quadrado, unidade ou porcentagem, por exemplo. Elaborar um documento de critérios de medição para cada atividade facilita o fluxo interno de medição das obras, favorece a transparência dos dados de medição e padroniza todo o processo de monitoramento e controle das obras.
A padronização do processo de medição é fundamental para se ter controle efetivo dos itens que serão medidos. O registro desse padrão pode receber os mais diversos critérios que a construtora queira adotar, de acordo com a necessidade de controle, tamanho da obra e processos construtivos, ou ainda utilizar bases de mercado como a TCPO, por exemplo.
O mais importante é discutir e alinhar os critérios entre todos os envolvidos, considerando cada demanda daqueles que serão beneficiados com os resultados gerados pelas medições.
3° Passo – Analise de Indicadores
Com o processo em operação, é o momento de dar atenção aos indicadores de prazo, os quais apresentarão os resultados de desempenho do cronograma da obra. É possível aplicar o IDP (Índice de Desempenho de Prazo) ou até mesmo criar indicadores através das Variações de percentuais executados, por exemplo:
% Programado Acumulado – % Realizado Programado = x
x>= 1,5% FAROL VERMELHO
0>x>1,5 FAROL AMARELO
0=<x FAROL VERDE
Potencialize a gestão de sua obra
A implantação de uma rotina de medições de obras, com critérios padronizados e indicadores para consolidação dos resultados é fundamental para uma boa gestão de obras.
Em nossa experiência, enxergamos que a periodicidade de medições mais efetiva é a semanal, pois é possível ter-se 4 pontos de análise sobre as atividades que estão sendo realizadas no mês, e isso proporciona mais velocidade na tomada de decisões, mitigando o risco de atrasos.
O próximo passo em maturidade de gestão da obra é a realização da medição físico-financeira, na qual multiplica-se o percentual medido de cada atividade do cronograma pelo seu custo proveniente do orçamento da obra. A medição física-financeira da obra é a base para utilizar a técnica de análise do valor agregado, na qual compara-se o avanço físico da obra em relação ao planejado, considerando-se o desembolso dos recursos financeiros, comparando-se desta forma o custo orçado, valor medido e o desembolso.
A Cartesian Engenharia trabalha com todas as partes importantes que devem ser envolvidas no planejamento da obra com o propósito do gestor poder ter uma rápida e precisa análise dos desvios durante a execução, possibilitando tomar decisões estratégicas, otimizar tempo e custos, e permitindo condução mais eficiente dos trabalhos.
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